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Anvisa proíbe marcas de ‘café fake’ por apresentar risco ao consumidor; veja quais são 2q3671

Análises laboratoriais detectaram a presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido pela legislação

Thaline Silva

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a fabricação, venda, distribuição, divulgação e uso de três marcas de pó para preparo de bebida com sabor de café, popularmente conhecidas como "café fake". A decisão, divulgada nesta segunda-feira (2), foi motivada por testes que identificaram a presença de ocratoxina A, uma substância tóxica e prejudicial à saúde humana.

As marcas afetadas pela medida são Melissa, Pingo Preto e Oficial. Esses produtos já haviam sido reprovados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em 25 de março deste ano, por descumprirem normas sanitárias e serem considerados inadequados para o consumo.

De acordo com o Mapa, as investigações apontaram falhas na composição e na rotulagem dos produtos. Embora os rótulos indicassem conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, foi constatado o uso de insumos de baixa qualidade, como grãos crus e resíduos do processamento.

Além disso, análises laboratoriais detectaram a presença de matérias estranhas e impurezas acima do limite permitido pela legislação, que é de até 1%. Entre os materiais encontrados estavam pedras, areia e sementes de outras plantas, além de resíduos como galhos, folhas e cascas.

Em abril, o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, Hugo Caruso, descreveu esses produtos como feitos com "lixo da lavoura", ressaltando a gravidade das infrações.

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Orientações aos consumidores 1w4a1l

Após a desclassificação das três marcas, o Ministério da Agricultura orientou que quem tiver adquirido esses produtos suspenda imediatamente o consumo.

Os consumidores também podem solicitar a troca ou o reembolso do item, conforme previsto nas normas do Código de Defesa do Consumidor.

Além disso, caso esses produtos ainda estejam sendo comercializados, o Ministério recomenda que a ocorrência seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, informando o nome e o endereço do estabelecimento onde a compra foi realizada.

*Thaline Silva, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Keila Ferreira, coordenadora do núcleo de Política e Economia