Fruta Quente e Warilou comandam a volta da 'Festa da Maria Cebola'
Uma das baladas mais tradicionais dos anos 90 está de volta na capital paraense

Durante algum tempo para que uma mulher dançasse em um baile, era preciso esperar até um homem ou cavalheiro lhe tirar para dançar. Mas com o ar dos anos, isso mudou. E uma das contribuições para essa mudança foi dada por uma festa tradicional na cidade chamada “Maria Cebola”, onde a Banda Fruta Quente e outras se apresentavam, entre os anos de 1990 e início da década de 2000, em casas noturnas como o Olê Olá.
Nela, a regra era clara: elas deveriam tirar os homens para dançar. É justamente para reviver esses “bons tempos”, que o grupo se apresenta no domingo (14) juntamente com a Banda Warilou, na Confraria Dom, a partir das 22h30.
O baterista da Banda Fruta Quente, JF Cowboy lembra com saudade dessa época. “Recordo que na entrada da Festa da Maria Cebola as mulheres recebiam uma porca, distribuída em tamanhos variados, amarrada numa fitinha e os homens recebiam um parafuso também de tamanhos variados e aí rolava uma brincadeira para descobrir qual porca enroscava no parafuso. Era uma coisa muito legal e realmente rolava essa questão da mulher tirar o homem para dançar. Hoje as pessoas estão um pouco mais contidas, além disso, não existem mais muitas festas feitas para dançar a dois”, diz.
Mas ele garante, no entanto, que a banda tem conseguido reviver esse período com sucesso nas reedições da Festa da Maria Cebola. “Conseguimos ar aquele clima de dançar do início ao fim, porque fazemos uma festa dançante, para dançar a dois ou então formar um casal na hora de dançar. Mudamos só o local, porque aquele clima de Olê Olá permanece, o que não deixa de ser também uma oportunidade para a galera que é mais nova conhecer como era essa festa, sentir o clima que rolava nos anos de 1990 nas festas da cidade”, comenta.
O repertório diferenciado, segundo ele, é o ponto alto dessa reedição. “Ele é baseado nos sucesso tanto da Banda Warilow, quanto da Banda Fruta Quente e é riquíssimo, dançante, com bastantes músicas dos anos de 1990. Teremos lambada, um pouco do axé e não pode faltar também músicas como ‘Baiana Mexerica’, um dos nossos clássicos, assim como ‘Caribenha’ e ‘Quadrilha da Pantera’, entre outros”, cita.
A banda está retornando aos poucos aos palcos da cidade, após o período mais difícil da pandemia, que segundo o músico, apesar de complicado, serviu para aproximar o grupo das redes sociais. “Nosso retorno está sendo emocionante. Foi um período muito conturbado, de muitos transtornos, mas foi um período em que a gente trabalhou muito em estúdio, fizemos lives e fomos tentando trabalhar como podíamos”, lembra.
Para os próximos meses, a banda está colocando em prática o projeto de um novo EP. “Produzimos muita coisa durante esse tempo de pandemia. Nos integramos mais com a internet nesse novo formato de divulgação, estamos produzindo nosso novo EP e estamos com outros dois trabalhos engatilhados. Vamos lançar um novo hit e temos um bloco, que está completando 25 anos de avenida e deve voltar em 2022”, antecipa.
Atualmente a Banda Fruta Quente é composta por Eraldo Ramos e Ricardo Tavares (vocais), JF Cowboy (bateria), Augusto Babu (contrabaixo), Rick Sandres (teclados), Otávio Gorayeb (percussão), Bruno Mendes (percussão), Jeremias Progenio (guitarra), além de Jó Ribeiro (trombone).
Agende-se:
Festa da Maria Cebola com as bandas Fruta Quente e Warilou
Data: domingo, 14/11, a partir das 22h30
Local: Confraria Dom (Tv. 3 de Maio, 1736)
Informações: @confrariadom no instagram
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