Para 36%, Janja atrapalha governo Lula; 14% acham que ela ajuda, diz pesquisa Datafolha
Nos últimos meses, Janja esteve no centro de episódios que geraram repercussão política.

Para 36% dos brasileiros, as ações da primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, são prejudiciais ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (13). Outros 14% avaliam sua atuação como positiva, enquanto 40% acreditam que ela “nem ajuda nem atrapalha”. Dez por cento não souberam responder.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais em 136 municípios brasileiros, nos dias 10 e 11 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
A avaliação negativa de Janja é maior entre os homens (40%) do que entre as mulheres (36%). A reprovação também cresce conforme o nível de escolaridade: entre os entrevistados com ensino superior, 49% consideram que a primeira-dama mais atrapalha do que ajuda. Entre os que cursaram até o ensino médio, esse índice cai para 34%, e entre os que têm apenas o ensino fundamental, é de 26%.
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Nos últimos meses, Janja esteve no centro de episódios que geraram repercussão política. Em maio, durante um jantar com autoridades chinesas, ela teria provocado constrangimento ao afirmar que o TikTok — plataforma chinesa — possui um algoritmo que favorece conteúdos de direita, segundo reportagem do portal G1. Em entrevista à Folha de S.Paulo, a primeira-dama negou que sua fala tenha causado desconforto.
Outro episódio que gerou polêmica ocorreu durante um paralelo ao G20, no qual Janja xingou o empresário Elon Musk. Em entrevista à Folha, afirmou que se arrependeu da forma como se expressou, mas manteve a crítica. Ela também atribuiu parte das reações negativas à sua atuação ao machismo presente na sociedade.
De acordo com reportagem do Estadão, mesmo sem ocupar um cargo oficial no governo federal, Janja representou o Brasil em diversos eventos internacionais. A atuação contou com apoio de uma equipe informal, cujos custos com transporte e diárias já somam mais de R$ 1,2 milhão aos cofres públicos.
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