Como a cera de ouvido pode ajudar no diagnóstico de doenças graves? Saiba mais

Apesar de ainda ser um campo em desenvolvimento, a análise da cera de ouvido tem potencial para se tornar uma ferramenta diagnóstica para indicar doenças

Gabrielle Borges
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Aquela substância pegajosa que frequentemente limpamos dos ouvidos pode ser muito mais importante do que podemos imaginar. A cera de ouvido, antes ignorada pela ciência e saúde, agora é vista como uma poderosa aliada para detectar doenças graves, segundo pesquisas recentes.

Tais pesquisas descobriram que o cerume guarda mais informações metabólicas que sangue e suor e que podem indicar desde diabetes até Parkinson e Alzheimer, abrindo novas portas para diagnósticos precoces. Saiba mais a seguir:

Do que é feita a cera de ouvido?

O cerume, nome científico da cera, é produzido por duas glândulas no ouvido: a ceruminosa e a sebácea. Ele se mistura com pele morta, cabelos e outros resíduos, formando a substância que conhecemos.

A cera pode acumular substâncias químicas relacionadas ao metabolismo do corpo, incluindo hormônios, metais pesados, e produtos de degradação de medicamentos ou drogas. Cientistas já identificaram nela vestígios de:

  • Hormônios do estresse (como o cortisol) – ajudando a monitorar condições como ansiedade crônica e síndrome de burnout.
  • Fármacos e drogas ilícitas – assim como exames de cabelo e urina, a cera pode indicar uso prolongado de substâncias.

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Como a cera pode diagnosticar doenças?

Diferentemente do sangue, a cera acumula informações por semanas. Isso permite analisar mudanças metabólicas ao longo do tempo. Quando o metabolismo falha, a produção de substâncias muda. Isso deixa “marcas” na cera, que podem indicar diabetes, Parkinson, Alzheimer e até câncer.

image Cera de ouvido funciona como "linha do tempo" biológica (Freepik)

Como a cera se forma lentamente, ela pode servir como uma “linha do tempo biológica”, registrando mudanças metabólicas e ambientais ao longo de semanas ou até mesmo  meses. É o que indica pesquisadores da Universidade Federal de Goiás.

Apesar de ainda ser um campo em desenvolvimento, a análise da cera de ouvido tem potencial para se tornar promissora, especialmente para o monitoramento contínuo de doenças crônicas ou exposição de toxinas.

Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com

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