Como a cera de ouvido pode ajudar no diagnóstico de doenças graves? Saiba mais
Apesar de ainda ser um campo em desenvolvimento, a análise da cera de ouvido tem potencial para se tornar uma ferramenta diagnóstica para indicar doenças

Aquela substância pegajosa que frequentemente limpamos dos ouvidos pode ser muito mais importante do que podemos imaginar. A cera de ouvido, antes ignorada pela ciência e saúde, agora é vista como uma poderosa aliada para detectar doenças graves, segundo pesquisas recentes.
Tais pesquisas descobriram que o cerume guarda mais informações metabólicas que sangue e suor e que podem indicar desde diabetes até Parkinson e Alzheimer, abrindo novas portas para diagnósticos precoces. Saiba mais a seguir:
Do que é feita a cera de ouvido?
O cerume, nome científico da cera, é produzido por duas glândulas no ouvido: a ceruminosa e a sebácea. Ele se mistura com pele morta, cabelos e outros resíduos, formando a substância que conhecemos.
A cera pode acumular substâncias químicas relacionadas ao metabolismo do corpo, incluindo hormônios, metais pesados, e produtos de degradação de medicamentos ou drogas. Cientistas já identificaram nela vestígios de:
- Hormônios do estresse (como o cortisol) – ajudando a monitorar condições como ansiedade crônica e síndrome de burnout.
- Fármacos e drogas ilícitas – assim como exames de cabelo e urina, a cera pode indicar uso prolongado de substâncias.
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Como a cera pode diagnosticar doenças?
Diferentemente do sangue, a cera acumula informações por semanas. Isso permite analisar mudanças metabólicas ao longo do tempo. Quando o metabolismo falha, a produção de substâncias muda. Isso deixa “marcas” na cera, que podem indicar diabetes, Parkinson, Alzheimer e até câncer.
Como a cera se forma lentamente, ela pode servir como uma “linha do tempo biológica”, registrando mudanças metabólicas e ambientais ao longo de semanas ou até mesmo meses. É o que indica pesquisadores da Universidade Federal de Goiás.
Apesar de ainda ser um campo em desenvolvimento, a análise da cera de ouvido tem potencial para se tornar promissora, especialmente para o monitoramento contínuo de doenças crônicas ou exposição de toxinas.
Gabrielle Borges, estagiária de jornalismo, sob supervisão de Mirelly Pires, editora web de OLiberal.com
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