Mesmo com os reajustes, frango deverá ocupar lugar de destaque no almoço do Círio, aponta Dieese
Em um ano, preço do quilo do frango registra quase 50% de aumento
Faltando pouco menos de uma semana para o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, o custo dos alimentos que compõem o tradicional “Almoço do Círio” estão cada vez mais caros. Devido aos aumentos, o frango deverá ocupar novamente um lugar de destaque na tradicional refeição, mesmo com os reajustes no preço acima da inflação, segundo o relatório feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA).
A professora Mari Guimarães afirma que para manter o tradicional almoço foi preciso substituir alguns alimentos. “Infelizmente tudo está muito caro, neste ano a ceia do Círio vai ser mais reduzida que dos outros anos. Apesar do frango estar caro, ele ainda é a melhor opção. Teremos frango no tucupi ao invés do pato, e iremos substituir outros ingredientes também, por causa do valor”, lamenta a professora.
Almir Almeida, funcionário de um açougue localizado em uma das principais feiras da Capital, comenta que apesar dos reajustes, o frango ainda é muito procurado pelos consumidores. “Os clientes têm reclamado um pouco mas acabam levando porque sabem que o aumento é geral”, pontua.
Além dele, o vendedor de aves, Ivanilson Marques, destaca que precisou reajustar os valores do alimento, em especial o do frango, para manter as vendas e sustentar a família, pois os fornecedores rearam um aumento de cerca de 50% no valor do alimento. “Estamos fazendo o preço básico para as pessoas levarem. Mas tem que aumentar pra pagar aluguel”, comenta o vendedor.
Trajetória dos preços do frango
Segundo o relatório do Dieese, nos últimos 12 meses, o preço do quilo do frango (resfriado ou congelado) comercializado nas feiras livres e nos supermercados de Belém registrou um aumento de até 57% contra 10,42% (INPC/IBGE) para o mesmo período.
O preço do quilo do frango resfriado da marca Americano teve a seguinte trajetória: em setembro de 2020, o alimento custava em média R$ 7, 76; encerrou o ano ado custando R$ 9,69 e em setembro deste ano ou para R$ 12,19. Somente neste ano, a variação do alimento foi de 25,8%, e em um ano, o alimento registrou uma variação de 57,09%.
Já o frango congelado, da mesma marca, custava em média R$ 7, 25 em setembro de 2020, e encerrou o ano ado custando cerca de R$ 8,11, e em setembro deste ano ou a custar em média R$ 9,35. A variação registrada neste ano foi de 15,29%, e nos últimos 12 meses foi de 28,97%.
A marca Avispará teve a seguinte trajetória: em setembro de 2020, o quilo do frango resfriado custava em média R$ 7,62; encerrou o ano ado custando R$ 9,32 e em setembro deste ano ou para R$ 11,23, com a variação de 20,49% somente neste ano, e de 47,38% nos últimos 12 meses. Já o quilo do frango congelado Avispará custava em média R$ 7,28 em setembro de 2020, e encerrou o ano a R$ 8,02; custando em setembro deste ano cerca de R$ 10,14. A variação registrada somente neste ano foi de 26,43%, e em um ano foi de 39,29%.
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