Forças armadas ativam ‘Comando Operacional Conjunto Marajoara’ para segurança na COP 30 em Belém
Mais de 12 mil militares atuarão nas ações de segurança e defesa durante o evento internacional na capital paraense

Mais de 12 mil militares das Forças Armadas atuarão de forma integrada em Belém, no Pará, durante a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), que ocorrerá em novembro deste ano. Nesta segunda-feira (9), representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica realizaram uma reunião de abertura do planejamento e a ativação do Comando Operacional Conjunto Marajoara, estrutura criada pelo Ministério da Defesa para coordenar as ações de segurança durante o evento internacional.
O objetivo da operação é assegurar a ordem, proteger as autoridades e delegações internacionais e garantir a tranquilidade da população durante a realização da maior conferência global sobre o clima. O início do planejamento estratégico para a operação ocorreu no Quartel General Integrado (QGI) do Comando Militar do Norte, onde os trabalhos seguem até o dia 17 de junho. A ação reúne representantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, além de órgãos de segurança pública. O Comando Conjunto Marajoara será empregado de forma temporária, especificamente no período de 4 a 23 de novembro, quando ocorrem os eventos oficiais da COP 30. A estrutura segue as diretrizes da Portaria nº 2.263 do Ministério da Defesa.
O Exército Brasileiro é responsável por estabelecer e organizar o Comando Conjunto. A Marinha do Brasil empregará seus meios e embarcações, e a Força Aérea Brasileira atuará com seus militares e aeronaves, reforçando a proteção das áreas estratégicas e o apoio logístico.
Defesa
Durante a COP 30, o Comando Marajoara contará com o apoio das chamadas Forças Especializadas de Emprego Estratégico, que envolvem a defesa antiaérea; defesa química, biológica, radiológica e nuclear; guerra eletrônica, com ênfase em defesa antidrone; defesa cibernética; antiterror; além de motociclistas para escoltas e militares especializados em inteligência. As missões previstas seguem o modelo já utilizado em grandes eventos anteriores, como a reunião do G20 em 2024.
Visando a proteção, também estão na capital paraense mais de 12 mil militares das Forças Armadas. Segundo o General de Exército Vendramin, comandante do Comando Conjunto do Norte e do Comando Militar do Norte (CMN), o ineditismo da COP em Belém demanda um planejamento mais detalhado.
“A quantidade de militares é resultado dessas duas semanas de planejamento. Mas eu diria que temos uma estimativa da ordem de 12 mil militares atuando aqui. Podem ser mais, inclusive. Mas temos essa base. Serão centenas de veículos terrestres, centenas de embarcações, dezenas de aeronaves - talvez centenas - para fazer a proteção, a defesa e o apoio de segurança pública. Então, são números grandes. Seremos mais preocupados com os efeitos”, afirma o comandante.
Um dos pontos citados pelo Vice-Almirante Batista, comandante do 4º Distrito Naval (COM4DN) da Marinha, trata sobre os rios ao redor de Belém serem uma alternativa para o deslocamento do público do evento.
“Devido ao fluxo de pessoas pelas ruas de Belém, esteve em discussão a possibilidade do transporte fluvial ser uma das alternativas, em caso de necessidade, para que os cidadãos ou determinadas delegações possam utilizar pontualmente. Isso, obviamente, vai requerer também um planejamento. Nós estamos relativamente acostumados. Temos grandes eventos aqui em Belém em que isso naturalmente ocorre, como o Círio fluvial. Então, vamos estabelecer áreas, casos de deslocamento em que eles saiam das vias urbanas e utilizem vias fluviais. A Marinha estará participando e assessorando os órgãos de segurança para utilizar as vias fluviais em caso de necessidade”, destacou o comandante.
Após a conclusão do planejamento conjunto sobre o Comando Marajoara, cada uma das Forças envolvidas seguirá com o detalhamento tático das operações nas áreas sob sua competência.
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